segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Um ano e muito mais.



O que corresponde um ano? Mais do que 365 dias, um ano corresponde às experiências. Choros. Risos. Discordâncias. Felicidade. Desesperanças. Esperanças. Decepções. Planos. Confusões. Erros. Acertos. Amadurecimento. Convicções. Novas convicções. Dor. Prazer. Medo. Coragem. Prosperidade. Aventuras, venturas e desventuras. Um ano corresponde à fusão de tudo isso, e mais: corresponde a um complemento e suplemento dos acontecimentos remotos ou nem tão distantes assim.

Tudo isso, envolve pessoas, cujas capacidades são grandiosas, como a capacidade de alterar-nos parcialmente, ou até mesmo tornar tudo novo em nós. Como mudar nossas convicções e tornar-nos mais convictos daquilo que temos por verdade. Como furtar o nosso melhor e, por sorte, devolver-nos as que possuem caráter (pois se arrependem e devolvem-nos nossas preciosidades, os bons sentimentos).

Por isso, um ano corresponde às pessoas. Pessoas marcadas que marcam nossas vidas, tanto com feridas que deixam cicatrizes, quanto com marcas de um beijo, um abraçado apertado ou uma palavra salutar. Corresponde às pessoas predadoras que tentam nos caçar e perseguir, e também, às pessoas que  matam as predadoras. Um ano corresponde à infidelidade e fidelidade, então lembremos o seguinte: Onde há o que fere, há o que ajuda a sarar a ferida.

Um ano também corresponde às decisões. A cada dia, decidimos o que são pessoas, que livro leremos, se leremos algo, se queremos alguém perto de nós. Decidimos determinar quem é aquela pessoa específica, que comida iremos comer. Decidimos se queremos permanecer naquela profissão ou não, se beijamos, falamos, abraçamos, ou não; se mudamos, se iremos querer nos deixar mudar por pessoas e circunstâncias, ou, simplesmente, decidimos permanecermos como estamos. Decidimos o que é mal e o que é bom.

Por fim, um ano corresponde ao que queremos. Se quisermos um ano feliz, destaquemos em nossa memória os bons momentos (as boas pessoas), e façamos dos ruins momentos uma ferramenta para que possamos retirar algo bom, o aprendizado. Já se quisermos um ano triste, devemos apenas desistir de tudo.

E quanto a mim, quero um ano baú, para guardar todas as pessoas boas que me alteraram positivamente, e das más retirar apenas as experiências que com elas vivi e guardá-las. Não quero um ano ao lado de pessoas completivas, mas, quero um ano ao lado de pessoas que me direcionem ao alcance da plenitude do que eu sou, e que logo em seguida, doem-me seu melhor.

Logo, aos bons doadores que pelo meu ano passou e permanece, sou grata e satisfeita, pois tornam real o que eu quero, quis e quererei.



Inspirada em Vitor Hugo Thimoteo Ramos.

 
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