sábado, 6 de outubro de 2012

O 2D não é 3D


Uma vez conversei comigo olhando no espelho e refleti novamente sobre uma questão: O meu reflexo não reproduz fielmente o que eu sou, apenas o que eu pareço ser. Estranho é pensar nisso, o que nem tudo o que parece é. E para algo ou alguém parecer, necessita-se de algo ou alguém genuíno como base de exemplo.  E quanto nós?Será que somos genuínos ou somos meros pareceres como o espelho?

Antes de entrarmos nesta questão, é preciso entender – primeiramente - que as coisas que observamos a nossa volta, por exemplo, não são genuínas, são reflexos ou o resultado de ideias e projetos de seus criadores. Isto é, eles produzem em suas mentes aquilo que nunca existiu fisicamente (ou seja, a ideia) e é esta primeira existência a que chamo de genuinidade. Logo, podemos perceber que -  provavelmente -  todas as coisas que  vemos não são genuínas, mas sim o parecer do parecer, pois nem mesmo nossos olhos reproduzem fielmente o objeto a ser capturado. Ou seja, há alterações sobre o objeto que já é uma alteração da primeira existência, do genuíno (a ideia ).

E quanto a nós, os seres humanos? Por que nossos corpos não são genuínos? Seguirei a minha lógica desde o princípio: não somos genuínos porque não somos a primeira existência e sim o reflexo desta primeira existência. E mais, somos um reflexo corrompido desta primeira existência. É como se nos olhássemos no espelho e sobre a imagem refletida de nossa face desenhássemos com uma canetinha óculos e bigodes, alterando assim, o próximo ao “quase original”, o reflexo. E a essa alteração chamo de corrupção. Sim, possuímos um corpo corruptível, ou seja, um corpo sujeito a mudanças, mudanças tanto agradáveis, quanto desagradáveis a nós.



Agora, imaginemos o nosso corpo genuíno, não corruptível. Imaginemos o nosso corpo não mais precisando se sujeitar a essas mudanças agradáveis ou desagradáveis. Imaginemos a não variação de nosso corpo, a constância do que é perfeito – pois o genuíno é perfeito. Imaginou? Aposto que se deliciou com tal imaginação, porque é impossível não se deliciar com a possibilidade de algum dia ser perfeito.

Vou-lhes acrescentar mais: E se eu disser que este corpo genuíno, incorruptível já existe?Vocês iriam se assustar? Vão achar que sou utópica?

O genuíno sempre existiu, portanto, esse corpo incorruptível também.

E como poderemos alcançá-lo?

Posso-lhes dar uma dica: Não tente com os olhos, pois, como eu já havia dito, eles distorcem – mais- o já distorcido.

O genuíno transcende a nossa realidade material, transcende ao que podemos ver e tocar. O genuíno está com aquele que produziu o inexistente. Então, pergunte a ele, ao Criador, ao Criador MOR, pois ele criou o que não vemos e nos materializou, mas infelizmente corrompemos esse material e o distanciamos bastante do genuíno.  Pergunte, pois, a ele, o Criador primeiro, o Princípio de todas as coisas e o Fim delas.

(Seria muito bom descobrir quem somos genuinamente)



 
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